12 + 1: o que nunca fizemos

Editorial extraído da edição de setembro de 2022 do Jornal RelevO, periódico mensal impresso. O RelevO pode ser assinado aqui. Nosso arquivo – com todas as edições – está disponível neste link. Para conferir todas as colunas de nossos editoriais, clique aqui.


Cento e sessenta edições.

O RelevO completa 12 anos e chega a um número redondo de circulação, quase como um acaso beneficente: 12 anos de circulação ininterrupta e mais de 5 mil assinantes diferentes (hoje, somos pouco mais de 1050 assinantes regulares). Embora tenhamos feito um pouco de tudo ao longo desse período, seguimos virgens em algumas atitudes. Por exemplo, nunca fizemos:

  1. Acordo com escritor em troca de assinatura ou privilégio editorial.
  2. Acordo com editora em troca de resenha ou espaço preferencial.
  3. Concessões humorísticas por conta de assinantes que cancelaram assinaturas em função do nosso humor. Jamais deixamos de publicar textos considerados impróprios para uma parcela de nossos assinantes e anunciantes. Também nunca…
  4. Servimos de palanque político-partidário para qualquer figura naturalmente transitória.
  5. Alegamos que somos a salvação da literatura brasileira ou o maior jornal de literatura do Brasil.
  6. Agredimos idosos na FLIP.
  7. Escondemos nossas dificuldades, pontos cegos ou limitações.
  8. Deixamos de apresentar nossas melhorias, aprimoramentos e evoluções logísticas.
  9. Mimamos o artista/escritor/poeta, tratando-o como sujeito sagrado e removido da sociedade. [Sempre respeitamos quem tem contas a pagar – e torcemos o nariz para quem não tem.]
  10. Deixamos de publicar ofensas, críticas agressivas, reações exacerbadas, violências originais e todo tipo de insulto de que, muitas vezes, fomos merecedores ou que simplesmente nos entreteram muito.

Por fim, também (11) nunca deixamos de, em alguma medida, nos divertir. Parece besteira, mas é o vício inerente capaz de nos manter operacionais. Acreditamos na leveza e, seguindo a lógica habitual, o desafio para os próximos 12 anos é existir. Que venha o 13.

Uma boa leitura a todos!