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[Angus] Campbell queria saber o que deixava as pessoas felizes. Seu livro, The Sense of Well-being in America [O bem-estar nos Estados Unidos, em tradução livre], publicado em 1891, começa afirmando que as pessoas, em geral, eram mais felizes do que a maioria dos psicólogos presumia. No entanto, algumas estavam se saindo melhor do que outras nisso. E o que as diferenciava não era obrigatoriamente o nível de renda, o local em que moravam ou o grau de instrução, porque muita gente em cada uma dessas categorias era cronicamente infeliz.O mais poderoso denominador comum da felicidade era simples. Campbell o resumiu da seguinte maneira:
Ter uma forte sensação de estar no controle da própria vida é um indicador mais confiável de sentimentos positivos de bem-estar do que qualquer uma das condições objetivas da vida a que costumamos prestar atenção.
Mais do que o seu salário. Mais do que o tamanho da sua casa. Mais do que o prestígio do seu trabalho. Poder fazer o que quer, com as pessoas com que se quer é a maior variável de estilo de vida que proporciona felicidade às pessoas.
O grande valor intrínseco do dinheiro – e nunca é demais repetir isso – é a capacidade que ele nos dá de termos controle sobre o nosso tempo. A capacidade de obter, pouco a pouco, um nível de independência e de autonomia que vem de ativos não gastos e que nos proporcionam maior controle sobre o que e quando podemos fazer. (…)
Ter o controle do próprio tempo é o maior dividendo que o dinheiro pode pagar.
Morgan Housel. A psicologia financeira, 2020 (ed. HarperCollins, 2021).